domingo, 27 de julho de 2014

ansiedade, pânico, tiroteio unreal e bomba imaginária



hoje, no guanabara. aproveitei o domingo chuvoso e a manhã para tentar fazer compras pacificamente comigo mesma. doce ilusão. saí de casa com uma lista de 15 itens e voltei pra casa com três. horrível, horrível.

acredito que tenha sido a noite mal dormida.
porque tenho estado bem nas últimas semanas. tenho encarado o mercadão e o extra sem muitos problemas.

quer dizer, ter que lidar/conversar com as pessoas ainda me causa bastante aflição.
parece que desaprendi a falar.
atropelo as frases,
troco as palavras,
esqueço o significado de outras.
wtf, sabe?

não sabe.

o coração dispara toda vez que tenho que dividir o elevador com uma única pessoa.
porque é comum quererem puxar conversa.
hoje mesmo foi assim.

deus, que terror.
deveria ser mais fácil, não?
como foi que ficou tão difícil?

há duas semanas estive em uma loja de produtos para artesanato e, cristo rei, que sufoco pedir 'verniz acrílico'.

deveria ser mais fácil, não?
como é que ficou tão difícil?
OH LORD

sebastião, às vezes, quer dar uma volta no corredor e eu sofro como se estivesse em carne viva só por ter que falar com os vizinhos. na maioria das vezes eu não preciso, mas só a ideia de ter que falar, af.

dor física.
coração apertado.
boca seca.
enxaqueca.

as ervas ajudam, é claro, mas ainda falta encontrar o gatilho disso tudo.
isso tudo que provoca essa respiração-machuca peito.
esse monte de agonia sem hora marcada.

não consigo ler.
começo. paro. começo. paro. começo. paro.
um textinho ali,
outro textinho acolá
e olhe lá.
livros? no away.
comecei esse do paulo, vamos ver.

ainda bem que existe o cinema.
e os filmes maravilhosos.

tanta coisa a ser feita amanhã: o posto de saúde, santa rosa, separar documentos, correios, banco, terapia, mercado.
OH LORD.
help me.

na vitrola: vizinhos, esses loucos.