domingo, 28 de dezembro de 2014

goals

"Em 2014 aumentarei exponencialmente a austeridade em relação às situações e às pessoas desagradáveis. Poupar-me-ei bastante mais." - inês pedrosa,

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

new year wishes

espero que todo mundo vire a gal costa ano que vem e esse mundo se torne um lugar mais bem frequentado.

domingo, 7 de dezembro de 2014

us


i fuckkkkinnnng love her.
no matter whattttttttttttttt.

três semanas

20 dias.

nem eu acredito que falta TÃO pouco pra esse ôme chegar.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

sobre tudo e mais um pouco

quatro da manhã. ventilador ligado e as horas se arrastando no relógio do computador. eu deveria ter feito tanta coisa ontem, mas dormi até tarde, como há tempos eu não fazia. devo ter dormido umas onze horas, por aí. dormi tanto, que a culpa por ter deixado de ir à defensoria pública não conseguiu sequer fazer cócegas na minha consciência. 

sonhei com o v. foi um sonho pra lá de estranho, porque a gente não se via em nenhum momento. nós conversávamos muito, muitíssimo, sobre tudo, mas em nenhum momento houve um contato visual. acordei me perguntando se ele ainda pensa em mim, da mesma forma que eu penso nele toda vez que eu vou para são paulo. porque toda vez que paro naquele bar é como se alguma força trouxesse ele pra perto de mim. 

então ela e eu ali, andando de braços dados naquela rua, onde por tantas vezes eu andei sozinha, de madrugada, de bar em bar, atrás dele. como se eu já não tivesse um número suficiente de lembranças naquele lugar, agora estávamos nós duas descendo a augusta como velhas amigas. a vida é realmente hilária. eu quis ter apontado pra ela: olha, era ali naquele bar que eu ficava sentada com você me fazendo companhia nos fones de ouvido. mas achei que não seria conveniente falar sobre mim e continuei ouvindo o que ela tinha a dizer.

ela foi embora no domingo de manhã, eu fui embora no domingo à noite. na noite anterior, muita fúria em forma de canção. eram para mim aquelas coisas ditas para todos os ouvintes? jamais saberei. mas cheguei na casa do meu amigo prestes a ter um colapso nervoso. ensaiei me jogar da janela. eu estava em carne viva. meu corpo inteiro tremia de desespero. eu não conseguia respirar ou acalmar meus pensamentos. novamente, fui até a janela. do décimo quinto andar do COPAN, olhei todos aqueles prédios, olhei o céu da minha cidade, olhei para mim e não consegui enxergar nada. meus olhos estavam tomados por um mar de tristeza.

no bolso da calça, o celular me informa que eu tenho um novo e-mail. olho o visor e vejo que ela é o remetente. penso em não ler. penso em apagar tudo: mensagens, fotos, emails, vídeos. apago, no máximo, meu instagram. eram para mim aquelas coisas ditas para todos os ouvintes. eu já tinha acreditado no que queria acreditar. meu desespero só fazia aumentar. abro o e-mail dela. as mesmas palavras doces de sempre. o mesmo carinho, o mesmo amor. não consigo acreditar. quero machucá-la. quero dizer que ela é uma pessoa cruel, desprovida de sentimentos bons. quero dizer que ela é uma hipócrita, falsa. quero pular da janela. quero pular da janela.

não pulo. faço um lanche de queijo, converso com o meu garoto que sempre, sempre me acalma. poucas horas depois, os meninos chegam e conversamos mais. damos algumas risadas, e eu quase me esqueço de tudo, mesmo com o coração ali na minha mão, completamente dilacerado. algumas histórias sobre família, outras histórias sobre desastres na cozinha, e cama. os dois vão dormir e eu continuo lá, deitada no colchão inflável, com o teto da sala me encarando com todo o seu silêncio perturbado. continuo deitada com a janela imensa me convidando para o salto final. falo para o meu garoto me esquecer, que no final todos me machucavam e que eu estava cansada daquilo. falo, falo, falo até pegar no sono, às seis da manhã.

no dia seguinte, ela foi embora.
naquela mesma noite, eu fui embora.

respondi o e-mail naquela mesma tarde.
penso que as coisas nunca mais serão as mesmas.

daqui a 23 dias meu garoto chega.
daqui a um mês e outros dias eu e meu gato vamos partir daqui.

minha vida está prestes a dar uma volta e eu não consigo lavar a louça da pia.
vou manter o ventilador ligado.
talvez ele ajude meu cérebro a funcionar melhor.



depois de tudo.