quinta-feira, 2 de abril de 2015

dor nas costas

alguma coisa vai errada com o meu corpo e eu não sei o que é. talvez a falta de sol. talvez a falta de pessoas. talvez o vento gelado no rosto e no ventre. o médico diz que tudo bem, os exames não acusam nada. estresse? pode ser. porque a mente que em mim habita não poderia ser menos inquieta. o que vai acontecer? quando vai acontecer? e se não acontecer? não há descanso, mesmo depois de 48 horas sem descanso. tão bonito vê-lo descansar, que não quero fechar os olhos. não quero perder nada, por nada. permaneço quieta na cama, quase imóvel, como quem assiste ao último capítulo daquela série que mostra o assassino no final, finalzinho. ele não acorda, enquanto meu corpo imóvel na cama, me dói inteira. deve ser o travesseiro. ou o colchão. deve ser o estresse, a falta de sol. deve ser a falta de pessoas, o vento gelado. deve ser uma coisa dessas, que cura por si só, quando estamos distraídos, planejando a próxima parada.

próxima parada: miami. vamos nos reencontrar. ela e eu. ela e ele. ela, ele e eu. os três. "umas coisas que só acontecem com você, lilian". eu sei. vai entender.

dois meses e uns dias

já é tempo suficiente. pensei que não aguentaria ficar nem 10 dias. neve, frio, horas a fio dentro de casa, sem ter com quem conversar. nem tudo são flores. mas não estou reclamando. estou dizendo que pensei que não aguentaria ficar nem 10 dias. e aqui estou. dois meses já. passou e eu nem vi. ainda não sabemos como vai ser quando julho der as caras. só posso ficar legalmente por seis meses. depois? não sabemos. 

a ver.