quinta-feira, 7 de agosto de 2014

era todo dia na livraria. agora é todo dia no mercado. às vezes, no correio. outras vezes, na loja de utensílios pra casa. quase sempre, no ônibus. mas sempre, sempre, na rua. a verdade é que não temos bons modos com ninguém. tratamos uns aos outros muito mal. não queremos saber. não queremos olhar. ignoramos, passamos por cima. não é uma pessoa ali, nunca é alguém. sentimentos, frustrações, o que se passa na vida daquele ser? não sei, não quero saber: quatro pães, um envelope pardo, aquele livro da capa azul, foda-se que você não tem troco, sai da minha frente, animal.